19 de março de 2008
TEORIAS DA TRETA. Poucas semanas após Barra da Costa ter dado à estampa Maddie, Joana e a Investigação Criminal - A Verdade Escondida, onde defende que os desaparecimentos de crianças em geral e de Maddie em particular mais não são do que manobras promovidas pelos «abutres do sistema» destinadas ao «controlo da população» e cuja referência que então fiz neste post me valeu promessas de bordoada, chegou a vez de Paulo Cristóvão publicar A Estrela de Madeleine - Onde, Quando, Como, Quem, O Quê e Porquê, onde defende, segundo o DN, que o corpo da criança inglesa terá sido ocultado no «mar imenso que lhes enche o horizonte». O extraordinário da coisa é que Paulo Cristóvão foi agente da PJ, tal como Barra da Costa, e de ex-agentes da PJ não se esperariam teorias da conspiração ou conclusões de taberna. Até porque, há que notar, a polícia a que pertenceram não fica nada bem no retrato, já que os cavalheiros levantam a questão de saber se o grosso da PJ pensa da mesma maneira, ou se estamos perante casos isolados. É que, por aquilo que se tem visto, a PJ é exímia em «resolver» casos difíceis nos jornais e nos livros, evidentemente que por interpostas pessoas. Já na vida real, e também por aquilo que se tem visto, os resultados são mais modestos. (A propósito: Moita Flores, que nos jornais se fartou de defender uma conspiração no caso Maddie, tem andado muito calado. Por que será?)