30 de maio de 2008

ARROGÂNCIA. Bem sei que o prof. Carlos Reis é uma eminência do regime — ou, como diria Baptista-Bastos, um intelectual de alto coturno. Mas seria demasiado pedir-lhe que descesse lá das alturas e explicasse aos mortais, de preferência com substância e de modo a que todos percebam, por que razão defende o acordo ortográfico? É que eu cada vez percebo mais que ele é um acérrimo defensor do acordo, às vezes chega a parecer-me que mais por birra que por outra coisa, mas cada vez entendo menos porquê. Já Vasco Graça Moura, com quem polemiza sobre o assunto, percebe-se perfeitamente. Tivessem as razões do ilustre reitor metade da contundência que tem, por exemplo, a arrogância com que discute com quem não pensa como ele, como o Prós e Contras em que se discutiu a matéria muito bem demonstrou, e não seriam precisas mais explicações.