O POVO. Concordo praticamente na totalidade com quem se insurge perante a hipótese de se realizar um novo referendo ou perante outro expediente que pretenda contornar o veredicto irlandês, pois o voto popular deve ser respeitado. Mas não deixa de ser irónico verificar que os mais aguerridos defensores do veredicto, a pretexto de que o povo não se pode ignorar, são os mesmos que não se cansam de demonstrar que o povo lhes causa repugnância.