10 de julho de 2008
APITA O COMBOIO. Quem segue com alguma atenção as movimentações da justiça desportiva só pode ter concluído uma coisa: a realidade ultrapassa largamente a imaginação. Mesmo que as expectativas sobre o desfecho do «apito final» sejam escassas (ou nulas), os mais recentes episódios demonstram que o catálogo de trapalhadas (para não lhe chamar outra coisa) é infindável. Pior só constatar-se que a justiça em geral não é melhor que a justiça desportiva, e nalguns casos é francamente pior. Menos trapalhona nos métodos, é certo, mas pior nos resultados. De facto, a justiça tornou-se uma coisa a evitar a todo o custo, e nalguns casos razão para fugir do país. Digo bem: fugir do país. Não falo dos que cometeram crimes, que dessa forma procuram ficar impunes. Falo dos cidadãos inocentes, que a justiça, apesar de toda a retórica, tem por culpados até prova em contrário.