1 de julho de 2008

TRAPALHADAS. Que os clubes portugueses ou a Federação se metam em trapalhadas, ninguém se espanta. Mas o que terá levado a UEFA a meter os pés pelas mãos e a desdizer o que disse sobre o FC Porto? Terá havido algo de novo que a fez mudar de opinião? Como não disse que havia, presume-se que a segunda decisão (readmitir o Porto na próxima «Champions») foi tomada com os mesmos factos com que foi tomada a primeira (expulsar o Porto da próxima «Champions»), e isto não se compreende. Mais: custa a crer que tudo isto venha da UEFA, um organismo que nos habituou ao rigor e não costuma envolver-se em trapalhadas destas. Compreende-se que a discussão que por aí vai assente mais no «coração» que nos factos, e que alguns clubes aproveitem a ocasião para tentarem abotoar-se com o que, aparentemente, não lhes pertence. Mas, por favor, não me venham com a história de que as «vitórias na secretaria» não são legítimas. É que, a ser assim, grande parte das decisões dos tribunais seriam ilegítimas.