16 de outubro de 2008
ERC. Acho muito bem que os órgãos de comunicação social tutelados pelo Estado sejam alvo de fiscalização permanente. Fiscalização por parte dos órgãos criados para esse fim, fiscalização das forças partidárias, fiscalização dos cidadãos. Mas se não tenho dúvidas no que a isto respeita, perdi a paciência para as polémicas da ERC (ou por causa da ERC), de que desisto de entender logo aos primeiros parágrafos. O facto de o Estado tutelar órgãos de comunicação social, circunstância sobre a qual me inclino a discordar mas não tenho opinião definitiva, presta-se a toda a espécie de críticas, evidentemente que nem todas sérias ou fundamentadas, como o passado demonstrou, o presente confirma, e o futuro dirá. Assim sendo, dar razão a quem? Por mais esforço que faça, adivinha-se difícil a um cidadão medianamente informado perceber os argumentos de uns e as razões de outros, ainda por cima no meio da gritaria, mesmo que o cidadão faça um esforço para se inteirar dos factos. As coisas chegaram a um ponto em que quanto mais prosas nos jornais, menos se percebe. E quanto menos se percebe, menos razão se dá a quem acusa, menos razão se dá a quem é acusado, e menos importância se dá ao assunto. Não me parecendo ser essa a ideia, pelo menos na maioria dos casos, seria bom que os protagonistas destas polémicas repensassem os métodos, e revissem os argumentos.