5 de dezembro de 2008
BPN. Imagina-se que não foi de «ânimo leve» que o procurador Rosário Teixeira decidiu aplicar a medida mais drástica (prisão preventiva) a Oliveira Costa, como diz o responsável pelas investigações ao caso BPN em resposta às dúvidas levantadas pelo bastonário dos Advogados. Afinal, não deve ter sido por acaso que o ex-administrador do BPN praticou, durante anos, toda a espécie de malabarismos sem que alguém o tenha incomodado, e ninguém acredita que os supervisores não sabiam de nada. Aliás, quem viu as declarações de Paulo Portas à TVI só pode ter concluído uma de duas coisas: ou o líder do CDS está a mentir, ou a história do governador do Banco de Portugal está muito mal contada. Mas há mais sobre tão malcheiroso caso. Quando estourou o processo Casa Pia, envolvendo gente ligada ao PS, pôs-se a correr a tese de que se pretendia decapitar a direcção do PS. Agora, que o caso atinge o PSD, o alvo é o Presidente da República. Ou seja, querem-nos fazer crer que estamos perante um caso de política, não um caso de polícia. Não que não seja de esperar um aproveitamento político, que até me parece legítimo. Mas não misturem alhos com bugalhos, nem venham deitar-nos areia nos olhos.