9 de dezembro de 2008

SARAMAGO. Saramago diz que o Nobel «significou [para ele] uma responsabilidade importante do ponto de vista cívico e político». De facto, por aquilo que se lhe ouve a propósito de tudo e de nada, nota-se bastante. Mas, sinceramente, não havia necessidade. Afinal, esperar-se-ia, quando muito, mais responsabilidades literárias, nunca mais responsabilidades cívicas ou políticas. Suspeito, aliás, que Saramago assumiu um papel que não estava no guião, e passou a agir como quem pode mudar o Mundo. É o que acontece a quem se leva demasiado a sério.