15 de janeiro de 2009
MENEZES. Nunca dei um tostão por Menezes como líder do PSD, e o tempo foi-me dando razão. Mas lembro-me de o ver crucificado ainda antes de dar os primeiros passos, e não gostei do que vi. Não que não houvesse legitimidade para o criticar, mesmo acabado de sair de um congresso que o elegeu e sem tempo ainda de mostrar o que valia. Não gostei porque Menezes não mereceu o benefício da dúvida a que todos têm direito, pois já era mau antes de o ser. Concedo que as declarações diárias de Menezes após abandonar a liderança são um manifesto exagero e em grande parte motivadas pelo ressentimento. Mas eu estou mais interessado nos argumentos que ele usa para disparar sobre a actual direcção, e convenhamos que são bem mais contundentes que os argumentos contra si utilizados quando era líder dos sociais-democratas. Não fosse a boa imprensa de que goza Manuela Ferreira Leite, ao contrário do que alguns querem fazer crer, e teríamos uma contestação à actual liderança que Menezes nunca teve.