12 de fevereiro de 2009
KINDLE 2. Como utilizador regular de leitores de livros electrónicos (já vou na terceira versão), deveria receber com entusiasmo a notícia do lançamento do novo modelo da Amazon (o Kindle 2). Por razões que passo a explicar, não foi assim. Uma rápida vista de olhos à maquineta bastou para confirmar o que eu já sabia: nada de essencial mudou, pelo menos o que eu reputo de essencial. A maquineta continua sem ecrã táctil e sem iluminação interior, e o espaço reservado ao ecrã permanece subaproveitado (a área dos botões podia ser usada pelo ecrã, tornando-o maior). Resumindo, nada de realmente importante mudou em relação ao modelo anterior, muito menos em relação à concorrência. Aliás, o novo Sony Reader, principal concorrente do Kindle, colmatou, precisamente, duas falhas que apontei: introduziu o ecrã táctil e a iluminação interior, embora a solução encontrada para esta última função deixe muito a desejar. Utilizo o primeiro modelo da Sony praticamente desde que foi lançado. Como disse então, está muito longe de ser um modelo perfeito, e chega a parecer que os seus criadores nunca leram um livro na vida — além de nem sequer se terem dado ao cuidado de copiar o que estava bem em modelos anteriores, como também disse na altura. Mas não tenho uma única razão para o trocar por qualquer um dos recentes modelos, muito menos o modelo da Amazon, e quando digo isto refiro-me, apenas, às funções essenciais, as que realmente podem fazer a diferença. Por mais interessantes que sejam as alterações introduzidas, só mudaram o visual. Passou a ser mais bonitinho, passou a ser mais levezinho, mas continua igualzinho no que interessa.