5 de março de 2009
AI CAROLINA. Carolina Salgado não me inspira qualquer simpatia. Nem quando foi primeira-dama do FCP, nem quando deixou de ser primeira-dama do FCP, nem quando publicou o livro onde desanca o presidente do FCP. Dito isto, importa salientar que Carolina contribuiu (e continua a contribuir) para que se saiba um pouco mais sobre a corrupção e as patifarias que rodeiam o futebol, e isso só pode ser positivo. Todos sabemos por que motivo Carolina resolveu pôr a boca no trombone, e não custa imaginar que a esta hora estaria caladíssima caso fosse outro o cenário, mas é mais importante o que tem ela a dizer à Justiça que a intenção com que o faz. Isto, claro, partindo do princípio que a Justiça vai fazer alguma coisa com essas revelações, o que se duvida. Para já, nem sequer foi capaz de a proteger quando ela foi ao tribunal prestar declarações sobre o envelope que o ex-companheiro terá entregue a um árbitro como forma de lhe agradecer os bons serviços prestados (ou a prestar, não se sabe bem). Resta esperar que o clima intimidatório instalado à porta do tribunal, cujo beneficiário é por de mais evidente, não tenha sido do prévio conhecimento do dito tribunal. É que, se foi, não se perceberia por que não tomou as medidas que se impunham.