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30 de junho de 2010
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29 de junho de 2010
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PENSEM NISTO. Se não errei as contas, esta notícia significa que a imprensa generalista (JN, DN, Público, Correio da Manhã, Expresso, Sol, Visão, Sábado e Focus) perdeu, nos primeiros quatro meses do ano, mais de quinze mil leitores. Leram bem: mais de quinze mil leitores.
28 de junho de 2010
25 de junho de 2010
PORTUGAL-BRASIL. Como diria o outro, prognósticos só no fim do jogo. Previ que iria haver problemas entre portugueses e brasileiros por causa do Portugal-Brasil, felizmente não se confirmaram. Confesso que não me passou pela cabeça que o jogo pudesse terminar num empate, e sem casos de maior. Enganei-me, e ainda bem que assim foi. Já o ódio, esse continua.
24 de junho de 2010
23 de junho de 2010
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18 de junho de 2010
UM FIASCO ANUNCIADO. Estava escrito nas estrelas que a comissão de inquérito ao negócio PT/TVI iria parir um rato. De facto, só podia acabar com os deputados divididos sobre a importância (ou irrelevância) da matéria em análise conforme o alinhamento partidário de cada um e não conforme a importância (ou irrelevância) da dita. Sabia-se que os argumentos dos parlamentares estavam, à partida, inquinados, pelo que se adivinhava difícil perceber as razões de cada um fora do contexto político-partidário. Como não bastasse, o caso era delicado do ponto de vista jurídico, e sabia-se de antemão que os juristas estavam divididos, provavelmente mais por razões políticas que jurídicas. Assim sendo, o resultado só podia ser uma mão cheia de nada, e outra de coisa nenhuma.
16 de junho de 2010
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15 de junho de 2010
AI NOSSA SENHORA. Claro que uma derrota teria sido pior, e até nem estivemos longe disso. Mas os argumentos que justificam a má prestação portuguesa no primeiro jogo do Mundial — a Costa do Marfim estava muito fechada, havia que não cometer erros, era preciso defender bem — não me convencem. O que se viu foi uma selecção a jogar devagar e devagarinho, a errar passes como uma frequência impressionante, e a perder sistematicamente a bola para o adversário. Resumido, o futebol praticado pelos portugueses chegou a ser aflitivo. Pode ser que me engane, mas adivinha-se uma humilhação frente à Coreia do Norte, que hoje demonstrou ser bem melhor que Portugal.
14 de junho de 2010
FUTEBOLÊS. «Quando um especialista fala no "falso ponta-de-Iança" quer insinuar que o genuíno ficou retido no trânsito? Os "problemas nos flancos" têm alguma relação com a dor ciática? Um "médio-ala" remete para a expressão" ...que se faz tarde"? O avançado que "joga melhor sem bola" não será alguém que escolheu a profissão errada? O futebolista a quem "falta cultura" é um desgraçado que confunde Tolstoi com Turgueniev? O "jogo apoiado" significa que os espectadores aplaudem ambas as equipas? As "deficiências no balneário" prendem-se com chuveiros avariados? Se uma equipa inicia um desafio em "baixa pressão" é provável que chova na segunda parte?» Alberto Gonçalves, Sábado de 9 de Junho
10 de junho de 2010
ISRAEL (6). Presume-se que os activistas pro-palestinianos (dantes chamavam-se pacifistas) pretendem, antes de mais, pôr fim ao conflito entre israelitas e palestinianos. Assim sendo, por que insistem eles, a pretexto da ajuda humanitária, em reacender o conflito? Como esta notícia bem o demonstra, a situação não pára de degradar-se desde o incidente com o navio turco, e adivinha-se que os palestianianos serão quem mais vai sofrer. Palestinianos, sublinhe-se, para quem os activistas se estão nas tintas, que eles estão mais interessados em provocar Israel que no destino dos palestinianos. Como os recentes episódios bem o demonstram, os palestinianos são, para os activistas, um mero pretexto para atacar Israel e o que ele representa.
8 de junho de 2010
TEORIAS. Sempre que há escaramuças entre Israel e os palestinianos, lá vem a tese da fisga e dos canhões. Segundo ela, os palestinianos defendem-se (ou atacam) com pedras e fisgas, logo têm razão. Israel defende-se (ou ataca) com armas sofisticadas, logo não tem. É tanta a pressa em condenar Israel que não enxergam um palmo à frente do nariz.
4 de junho de 2010
ISRAEL (4). Apesar do jornalismo se ter ausentado para parte incerta, vai-se sabendo, à medida que o tempo passa e a poeira assenta, que a ajuda humanitária da «Frota da Liberdade» foi planeada não de modo a que a mercadoria chegasse ao destino sem sobressaltos, mas de modo a que houvesse uma reacção de Israel, de preferência violenta, como sucedeu. Curiosamente, este «pequeno detalhe» não interessa a ninguém, a começar pelos jornalistas de causas, mais interessados em meter a colherada do que relatar o que realmente se passou. Mas os factos continuam a surgir, e depois de se saber que a frota integrava cineastas, escritores, deputados, jornalistas, líderes islamitas, activistas de espécies várias e pelo menos um Nobel da Paz, ficou-se agora a saber que três das vítimas mortais ansiavam ser mártires, o que explica melhor o que se passou e confirma que o pior que podia suceder a esta gente era nada suceder. Reparem que falo de factos, não de opiniões, embora também as tenha. Por exemplo, não sei se Israel reagiu de forma desproporcionada (hão-se reparar que as reacções israelitas são, sempre, desproporcionadas, incompetentes, desastradas, estúpidas, etc.), e também não sei se caiu numa armadilha. Mas já é evidente que a armadilha tem servido para criticar quem caiu nela, não se vendo a mais leve crítica a quem a montou. Montar uma armadilha que pode resultar em tragédia (como se verificou) não tem, portanto, mal algum. Mal é cair nela. Não percebo bem onde está a lógica, mas deve ser defeito meu.
SOARES & ALEGRE. Não tenciono votar Manuel Alegre — nem, já agora, Cavaco (os restantes candidatos não contam). Mas gostava que Mário Soares explicasse o motivo para não votar no candidato do partido que foi o seu. Até ver, Soares limitou-se a debitar generalidades, nunca abordando as razões de fundo — presumindo-se, naturalmente, que as tem. À semelhança do que sucederá à generalidade dos portugueses, desconfio que as razões do ex-PR não valem uma missa, mas é só um palpite.
1 de junho de 2010
ISRAEL (2). Diz o «analista» que a frota de navios era uma armadilha organizada por «activistas» pro-palestinianos próximos do Hamas destinada a provocar o ataque israelita, coisa que não lhe merece o mais leve reparo — nem, muito menos, condenação. Reparo e condenação merece Israel por reagir à provocação, que provocar não tem mal nenhum. Eis um exemplo como a obsessão anti-israelita tolhe o raciocínio a qualquer um.
ISRAEL (1). Lidas quatro notícias sobre o ataque israelita no Público online (aqui, aqui, aqui e aqui), constato, sem surpresa, que não há contraditório — nem, sequer, para dar a conhecer a versão de Israel. Curiosamente, o mesmo jornal faz a ligação para um vídeo israelita chamando a atenção para o facto de se tratar de um «alegado "linchamento de soldados israelitas"». Ou seja, quando o Público fala de ajuda humanitária, fala como se isso fosse um facto indesmentível. Já quando fala de actos que as imagens documentam, considera necessário usar o «alegado». E é o Público um jornal de referência.
LAMENTÁVEL. Depois de explicar a nuestros hermanos que são precisos dois para dançar o tango, o primeiro-ministro ensaiou novo passo de dança — e voltou a dar-se mal. Como não lhe bastasse a atribulada viagem ao Rio de Janeiro, o primeiro-ministro mandou dizer que teve um encontro com Chico Buarque a pedido do músico, quando foi precisamente o contrário que sucedeu. Infelizmente, a mentirinha foi mais do que isso: foi uma humilhação a Portugal na pessoa do primeiro-ministro.
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