7 de julho de 2010
COISAS SEM IMPORTÂNCIA. A Entidade Reguladora para a Comunicação Social descobriu, de repente, que o facto de o Governo de Alberto João Jardim deter maioritariamente o Jornal da Madeira (99,98%) põe «em risco objectivo» o pluralismo da imprensa no território. Vai daí, deu-lhe 10 dias (já passaram cinco) para adoptar as providências «necessárias e adequadas à supressão dos efeitos nefastos», recomendando-lhe a «observância de práticas não discriminatórias» na distribuição de publicidade pelos diferentes órgãos de comunicação social, bem como o uso de critérios de «equidade», «proporção» e «transparência». Evidentemente que a denúncia peca por tardia, e com certeza que nada mudará. Veja-se, por exemplo, o barulho causado pela alegada tentativa de compra da TVI por parte da PT e compare-se com o silêncio generalizado à volta do JM. Como é que um caso merece tanto barulho e o outro o silêncio generalizado? Por aqui se vê que o episódio dará em nada, mas nem era preciso.