21 de junho de 2011

A DERROTA ANUNCIADA. Confesso que não estou a ver a razão que levou o PSD a insistir em Fernando Nobre para a Presidência da AR quando estava escrito nas estrelas que só um milagre o elegeria. Mesmo que fosse uma boa escolha (claramente não era), seria um erro submetê-lo a votos quando toda a gente já tinha dito e repetido que não votaria nele, e não será difícil imaginar que alguns deputados do PSD que votaram nele o fizeram contrariados. Que Fernando Nobre se tenha prestado a esse papel, o seu passado recente (candidatou-se num partido de direita apesar de se assumir como «um homem de esquerda», ameaçou renunciar ao mandato de deputado caso não fosse eleito presidente da AR, fartou-se de insultar os políticos e diabolizar os partidos quando foi candidato presidencial, teceu duras críticas ao próprio Parlamento a que agora se propôs presidir) deixavam-no adivinhar. Já o PSD, não se percebe por que se meteu numa aventura destinada ao fracasso. Pode ser que nada disto perturbe a coligação que nos governa, mas não augura nada de bom.