10 de agosto de 2011
OUTRA VEZ O ACORDO ORTOGRÁFICO (1). Se não fosse muita maçada, gostaria de ver os defensores do Acordo Ortográfico enunciar as razões em concreto (repito: em concreto) em que assenta esse apoio. É que eu ainda não vi uma única razão em concreto (repito: em concreto) em defesa do Acordo. O que se tem dito são frases grandiloquentes com que nos garantem ser o Acordo uma questão transcendente e de alta política, abstracções puras e simples que por vezes nem como tal se aguentam nas pernas, e continua a não se vislumbrar o que a língua portuguesa ganhará com o negócio, como garantem os seus defensores. Espremidos os argumentos publicados nos jornais, não sai uma gota que justifique uma dúvida. Como, aliás, bem demonstra mais um texto no Público de ontem, de um senhor que se identifica como ex-reitor de pelo menos duas universidades, que se limita às abstracções do costume e a chamar nomes a quem não pensa como ele.