22 de agosto de 2011
VALSINHA DA AVALIAÇÃO. Ainda é cedo para avaliar o desempenho dos ministros de Passos Coelho, e o próprio Passos Coelho. Mas já é possível dizer que o ministro da Educação foi uma montanha que pariu um rato. Então os professores no topo da carreira não precisam de ser avaliados? Os anos de serviço e a experiência justificam, por si só, dispensa de avaliação? É evidente que o expediente de Nuno Crato, calando quem tem mais poder de reivindicação, procura evitar uma eventual contestação, e o silêncio generalizado dos professores que serão abrangidos pela medida caso ela entre em vigor, demonstrando não terem discordâncias de fundo e não quererem ser avaliados, é um sinal de que a coisa poderá resultar. Verdade que nada disto surpreende, mas é bom lembrar que os professores que agora aceitam não ser avaliados são os mesmos que ainda há pouco juravam querer a avaliação. Só não concordavam com o modelo, como estarão lembrados, como não concordaram com nenhum outro proposto até àquele, como também se recordarão.