1 de setembro de 2011
DÉJÀ VU. Tirando os fanáticos das teorias da conspiração, quem não sabe que os autores do 11 de Setembro foram extremistas islâmicos, que odeiam a liberdade e a América? Não se percebe, portanto, a indignação de algumas organizações islâmicas face à publicação de um livro para crianças sobre o 11 de Setembro, onde se diz, preto no branco, quem fez o que todos sabem. Quando se esperaria que o Islão dito moderado se insurgisse contra o fundamentalismo caseiro, insurge-se contra quem se limita a revelar os factos. Terão razão os seguidores de Maomé quando se dizem discriminados e olhados com desconfiança, mas a verdade é que nada fazem para que sejam tratados doutra maneira. Pelo contrário. As acções (e omissões) de que são protagonistas provocam precisamente o inverso do que pretendem, e não me parece que se possa dizer que se devam a inépcia de quem as promove — muito menos a má-fé de quem se destina.