13 de dezembro de 2011
A JUSTIÇA QUE TEMOS (1). A ministra da Justiça diz que mais de um milhar de advogados cobraram indevidamente ao Estado português qualquer coisa como 3,5 milhões de euros. O bastonário dos advogados diz que a auditoria em que as alegadas falcatruas foram detectadas se baseia em informação «falsa» ou «manipulada». Temos, portanto, que um deles mente, se é que não mentem os dois. Se outra vantagem não tem a guerra que há muito se declarou entre Paula Teixeira da Cruz e Marinho Pinto, ao que parece mais por razões pessoais que institucionais ou políticas, pelo menos revela aos cidadãos um expediente que, não sendo surpreendente, jamais passaria de mera suspeita. Isto, claro, partindo do princípio que não há fumo sem fogo, e com a certeza de que os eventuais prevaricadores jamais serão punidos.