3 de fevereiro de 2012
AUTOCENSURA. Ele há coincidências, toda a gente sabe que há. Mas quem acredita que a decisão de acabar com um programa da RDP e afastar o colaborador que lá denunciou a fantochada que a RTP transmitiu a partir de Luanda estava tomada antes das críticas irem para o ar? Quem acredita que o afastamento de Pedro Rosa Mendes e a suspensão do programa em que colaborava foi um «acto de gestão normal»? Desconheço se o responsável pela decisão foi pressionado pelo poder, directa ou subtilmente, mas não errarei muito se disser que foi um caso de autocensura. Autocensura, como sabemos, que é a pior das censuras.