13 de março de 2012
BIOGRAFIAS. Percebo que as biografias invariavelmente comecem pelos mais verdes anos dos biografados, mesmo pelos antepassados mais remotos, mas a verdade é que raramente vislumbro interesse nos verdes anos e nos antepassados, e quando isso sucede (e sucede quase sempre) geralmente canso-me antes de chegar ao que me interessa, acabando por adiar a leitura para melhores dias. Dos biografados apenas me interessa o que respeita à obra, a não ser que as origens dos biografados os tenham marcado de forma determinante, o que, admito, sucede em alguns casos. Mas tirando o que me parecem excepções, os verdes nada acrescentam. Quando muito acrescentam dezenas de páginas, às vezes centenas, que biografia que se preze tem largas centenas de páginas, que há que encher a todo o custo. Sou dos que lê vários livros ao mesmo tempo, mas nem isso explica as dezenas de biografias começadas e só meia dúzia acabadas.