OBVIAMENTE QUE SÓ PODE ESTAR A MENTIR.
30 de abril de 2012
27 de abril de 2012
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(*) Provavelmente a SIC e a TVI fizeram o mesmo, mas não vejo a SIC e a TVI.
24 de abril de 2012
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23 de abril de 2012
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19 de abril de 2012
ABORTO ORTOGRÁFICO. «(...) mais de duas décadas após a sua assinatura, o [Acordo Ortográfico] "unificador" da língua portuguesa consegue a proeza de dividir de facto e de jure os países de expressão oficial portuguesa, consagrando "a desagregação ortográfica da língua portuguesa" e acentuando "os factores de desagregação da unidade essencial da língua portuguesa".» (...) «O facto de o AO não concitar qualquer consenso nem contribuir para unificar seja o que for, é razão suficiente para, no mínimo, se suspender a sua aplicação e fazer respeitar a Constituição (que protege explicitamente a qualidade do ensino e o uso da língua nacional) e a Lei de Bases do Património Cultural (pela qual a língua, "fundamento da soberania nacional, é um elemento essencial do património cultural português").» António Emiliano, Público de hoje
E POR QUE DEMORARAM TANTO TEMPO? Federação [Portuguesa de Futebol] abre processo de averiguações [sobre caso Cardinal]
17 de abril de 2012
ANEDOTAS PERIGOSAS. A ser verdade o que vem nos jornais, o episódio que envolve Paulo Pereira Cristóvão e um árbitro de futebol roça o inacreditável. Então o vice-presidente do Sporting não sabia que os bancos têm videovigilância? Achará normal fornecer às autoridades uma carta que diz ter recebido onde alguém denuncia um esquema de corrupção praticado nesse mesmo dia? Como foi possível um sujeito destes ter sido inspector da Judiciária durante anos, mesmo depois de lhe detectarem comportamentos impróprios? Sim, porque o sujeito, além das tropelias que os jornais dizem ter cometido enquanto inspector, é de uma incompetência assustadora, e não fosse o caso de ser grave a natureza do processo em que é arguido seria anedótico. Claro que não se pode julgar toda a Judiciária por um caso destes, mas a verdade é que são cada vez mais os inspectores — ou ex-inspectores — acusados de comportamentos inadmissíveis a um agente da autoridade. Mesmo que sejam excepções, um desejo mais que uma evidência, convenhamos que da Judiciária se exige melhor.
13 de abril de 2012
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10 de abril de 2012
CRIMINALIZAR OS POLÍTICOS. A ideia de criminalizar os governantes (ou ex-governantes), que terá começado na Islândia e ameaça alastrar a outras latitudes, é óptima à primeira vista, mas péssima à segunda. Como toda a gente que acompanha a política com algum interesse, aguardo com expectativa o desenlace do caso islandês, que desde o início me pareceu condenado ao fracasso. Suspeita-se que governantes (ou ex-governantes) cometeram crimes no exercício das suas funções? Os tribunais comuns chegam e sobejam para os julgar. Por razões que me parecem óbvias, os julgamentos políticos serão inconsequentes nos melhores casos, perigosos em todos os outros. Isto em países onde a justiça funciona como deve ser. Imagine-se, agora, um país como o nosso, onde a justiça é o que se sabe. Os mais atentos terão notado que há um mês defendi como boa a ideia de julgar governantes (ou ex-governantes) pelos seus actos. É o que dá fazer juízos precipitados.
6 de abril de 2012
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MATAR O DOENTE COM A CURA. Perdoem-me a presunção, mas até eu, que de economia sei pouco mais que zero, previ que a receita do Governo e da troika seria um fracasso. O FMI diz que se enganou na mezinha? Esperava que a recessão fosse menor? Que as condições externas fossem mais favoráveis? Que as receitas fiscais atingissem não sei que previsões? Que mais austeridade não trará benefícios? Que o desemprego e as despesas sociais continuam a aumentar? Extraordinário! Como é possível uma instituição recheada de luminárias em tudo e mais alguma coisa cometer erros tão grosseiros? Não seria previsível, por exemplo, que o famigerado plano de salvação da pátria iria gerar mais desemprego, logo menos receita e mais despesa para o Estado? Não seria previsível que a economia estagnasse e que a recessão aumentasse? Decididamente que estamos entregues à bicharada.
5 de abril de 2012
O ESTADO É QUE VAI PAGAR A MULTA. Foi nestes termos, segundo os jornais, que Mário Soares se terá dirigido ao GNR que interceptou a viatura em que seguia por circular em excesso de velocidade. Quando se esperaria que o ex-tudo da política portuguesa se comportasse de forma exemplar, o ex-presidente da República portou-se como o pior dos cidadãos. É costume dizer-se que os homens se vêem nos pequenos gestos, não é?
O PEDITÓRIO DO COSTUME. Günther Grass, escritor alemão há uns anos premiado com o Nobel, escreveu num poema que Israel «pode dizimar o povo iraniano». Porque Israel, diz ele, é uma potência nuclear, por si só uma ameaça à paz mundial. Esqueceu-se, contudo, de um pequeno detalhe: não consta que Israel pretenda «dizimar o povo iraniano», ao contrário do Irão, cujo actual presidente afirmou, preto no branco, pretender varrer Israel do mapa. Definitivamente que a passagem de Grass pelas SS de Hitler lhe deixou mazelas irremediáveis.
PRÉMIO DESCOBERTA DA PÓLVORA. «As decisões que influenciam o meu País não dependem do trabalho dos deputados».
3 de abril de 2012
JORNALISMO NA PASSERELLE. Definitivamente que o jornalismo já viu melhores dias, e as mudanças introduzidas nos últimos anos geralmente tornaram-no pior. Nada contra a jornalista Ana Lourenço desfilar num evento de moda como qualquer outro manequim, e não me parece existir qualquer impedimento legal que desaconselhe tal prática. Mas não será evidente que a exibição na passerelle descredibiliza a jornalista e o jornalismo? O jornalismo e os jornalistas já estão fragilizados que chegue, por culpas próprias e alheias. Convinha, portanto, não misturar o que não deve ser misturável, e não esbanjar a credibilidade que resta.
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