4 de maio de 2012
LIBERDADE DE IMPRENSA. Parece que ontem foi dia da liberdade de imprensa, ocasião que um grupo «para o desenvolvimento da denominada literacia mediática» aproveitou para reflectir a importância dos media no dia-a-dia. A ideia foi pôr as pessoas a reflectir sobre o que está de tal modo entranhado no quotidiano que já ninguém questiona, disse um dos seus responsáveis, e contou com uma série de actividades espalhadas pelo país destinadas a encontrar uma resposta à magna questão: «Que significado têm os media na nossa vida e como poderiam tornar-se mais significativos?» Ora, mesmo sabendo que já não vou a tempo de introduzir um novo tópico na reflexão, gostaria de ver discutidos alguns factos recentemente divulgados pelo Expresso. Segundo o jornal, os angolanos detêm 96,6% do Sol, 15,08% da Cofina (Correio da Manhã e Sábado, entre outros), 2% da Impresa (Expresso e SIC, entre outros), estão interessados num canal da RTP, e correm rumores de que pretendem adquirir 20% da Globalnotícias (Diário de Notícias, Jornal de Notícias e TSF, entre outros). Gostaria, portanto, de ver discutido o crescente controlo dos media portugueses por capitais estrangeiros, e as consequências, suponho que pouco agradáveis, que a circunstância não deixará de ter na soberania que nos resta.