20 de julho de 2012

CHEQUE AO BISPO. Há um mês, D. Januário comparou o actual primeiro-ministro ao ditador Salazar. Agora, não sei por que razão, acusou o Governo de ser «profundamente corrupto». Nada contra a opinião do sr. bispo, embora discorde de tudo o que disse. Seguramente que o actual primeiro-ministro não é comparável a Salazar, nem o Governo que dirige um bando de corruptos — e, a serem o que diz, não se perceberia por que ainda não se afastou do cargo que mantém nas Forças Armadas. Convinha, portanto, que D. Januário apresente argumentos que fundamentem o que disse, que o modo como disse sugere que os tem. Isso, sim, seria de homem. Desabafos de taberna são impróprios para figuras como ele, e não levam a lado nenhum.