2 de agosto de 2012
ROMNEY. É cada vez mais provável que votarei, de novo, Obama nas próximas Presidenciais, novamente porque Obama me parece, como há quatro anos, o menos mau. Como não bastassem os inúmeros erros já cometidos e as constantes mudanças de opinião sem que se vislumbre outro motivo que não seja oportunismo, Romney resolveu deslocar-se a Israel e deitar ainda mais gasolina na fogueira. O tradicional voto judeu no Partido Democrático, que as sondagens dizem estar a deslocar-se para o Partido Republicano, não explicam o desvario, muito menos a irresponsabilidade. Um sujeito que age como Romney agiu face a um problema tão sensível como o conflito israelo-palestiniano, que lida com a pólvora como quem lida com o mais trivial dos assuntos, só pode causar apreensão. Bem sei que as declarações de Telavive se destinaram a consumo interno, no caso ao eleitorado judeu. Mas nada disso apaga o que disse, e o que disse não se pode dizer. Aliás, parece-me evidente que Romney não dá grande importância à política externa, um erro que a história americana já demonstrou ser clamoroso.