24 de janeiro de 2013

ESTÁ TUDO DOIDO. O presidente do Conselho Nacional da Ética para as Ciências da Vida propôs ao Ministério da Saúde, em Setembro do ano passado, uma receita para reduzir o que considerou um desperdício de recursos nos tratamentos mais caros para doenças como o cancro e a sida. «Será que mais dois meses de vida (...) justifica uma terapêutica de 50 mil, 100 mil ou 200 mil euros?», questionou, então, o sujeito. Ontem, o ministro japonês das Finanças defendeu que os doentes idosos deviam morrer o mais depressa possível, pois os tratamentos de que geralmente necessitam representam uma «carga financeira» muito elevada para o país. Hoje ficamos a saber que um tribunal português decidiu retirar sete filhos a uma mãe e disponibilizá-los para adopção, alegando o juiz que a mãe não arranjou emprego nem laqueou as trompas, como terá sido acordado com a Segurança Social. Outros casos haverá que não chegaram aos media, mas estes sobejam para constatar uma evidência: a obsessão pela economia e finanças dos «políticos modernos» tornou-se de tal movo perigosa que convém estar atento. Sim, é preciso ter cuidado com esta gente, que tudo reduz a contabilidade e para quem as pessoas não contam.