8 de fevereiro de 2013

HERÓIS E VILÕES (2). Vi com interesse a entrevista do novo secretário de Estado do Empreendedorismo à RTP e retive, essencialmente, duas coisas: Franquelim Alves não informou o Banco de Portugal (BdP) das aldrabices porque não teria, na altura, dados substantivos que as comprovassem; depois assinou as contas do Banco Português de Negócios (BPN) apesar de lhes ter detectado irregularidades, a pretexto de que o fez depois de chamar a atenção para as irregularidades, e de que se não o fizesse seria o colapso do BPN e de todo o sistema financeiro. Temos, assim que Franquelim Alves assinou as contas assumidamente aldrabadas (de que não deu conhecimento ao BdP, apesar de aqui já haver substância) por razões patrióticas. Leram bem: razões patrióticas. Como dizia o ministro da Economia, o país devia agradecer ao seu novo secretário de Estado por ter contribuído para ajudar «a desmascarar a fraude do BPN». Eu bem disse que isto ainda vai acabar em homenagem.