9 de agosto de 2013
JÁ SÓ NOS FALTAM AS BANANAS. Já ouviram falar de uma república das bananas? Pois bem, por aquilo que nos últimos tempos tem sucedido, comparar o país a uma república das bananas se calhar peca por defeito. Franquelim Alves, até há pouco secretário de Estado do Empreendedorismo, e Rui Machete, ministro dos Negócios Estrangeiros, esconderam nos respectivos currículos as suas passagens pelo BPN. Pais Jorge, ex-secretário de Estado do Tesouro, tentou, em tempos, vender swaps ao Governo Sócrates, negócio que desmentiu e confirmou no espaço de 24 horas e lhe valeu a demissão. Maria Luís Albuquerque, ministra das Finanças, mete os pés pelas mãos sempre que é chamada a falar dos swaps sem que se vislumbre porquê. Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro, esqueceu-se de pôr no currículo ter sido consultor e administrador de uma empresa suspeita de tratamento de favor por parte da Secretaria de Estado da Administração Local então tutelada pelo ex-ministro Miguel Relvas, agora promotor da língua portuguesa (palavra de honra). Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República, disse em tempos que teria de nascer duas vezes quem fosse mais honesto do que ele, mas nos entretantos protagonizou uma relação com o BPN de contornos duvidosos e viu-se envolvido num episódio de escutas impróprio de um país civilizado. Perante estes casos, e outros que se adivinham, impõe-se perguntar: esta gente é para levar a sério? Infelizmente, é. É preciso estar de olho neles, que eles não são de fiar. Isto para dizer o mínimo.