11 de outubro de 2013
SE FOSSE EM ANGOLA A GENTE TRATAVA DISSO. «Não podemos admitir que em Portugal, políticos e jornalistas, intelectuais com ideias submersas em ódios recalcados não respeitem os nossos símbolos nacionais e desonrem os titulares dos nossos órgãos de soberania», diz-se, em editorial, na trombeta angolana. E que fazer para impedir que isso suceda? Calar os políticos portugueses, os jornalistas portugueses, os intelectuais portugueses? Infelizmente, José Ribeiro, director do Jornal de Angola, não explica como proceder. Como a informação em Portugal ainda é relativamente livre apesar de todo o dinheiro angolano despejado sobre ela nos últimos anos (por razões não só empresariais, está bom de ver), e os cidadãos portugueses são livres de expressar as suas opiniões sobre o que entenderem sem que nada lhes suceda, incluindo a corrupção nos círculos do poder angolano (de que a trombeta angolana parece nada saber), não se vê como.