8 de novembro de 2013
BURROCRATÊS. Por razões que não vêm ao caso, tentei, nos últimos dias, resolver uns pequenos assuntos via internet, primeiro numa empresa de telecomunicações, depois num departamento governamental. Porque a paciência tem limites e os ditos assuntos podem esperar, acabei por desistir. Primeiro, porque é preciso meter explicador para perceber o que é dito nos sites da internet; depois, porque na maioria das vezes o apoio ao cliente complica em vez de simplificar, confunde em vez de esclarecer. Não vou dizer o nome da empresa nem de que departamento se trata, porque estou convencido de que os outros funcionam na mesma ou pior. Tudo porque escrevem em burrocratês, uma mistura de português burocrático e estupidez. Agora percebo melhor por que se pede um parecer sempre que se pretende aplicar uma lei, geralmente aos mesmíssimos advogados que a conceberam, que estão familiarizados com as asneiras que fizeram obviamente com o propósito de embolsar mais algum. E se não se percebem coisas que deveriam ser simples, acessíveis a qualquer pessoa alfabetizada, imagine-se o que será uma lei em que se faz os possíveis e os impossíveis para se tornar impenetrável para os cidadãos.