19 de fevereiro de 2014
NÃO É VÍTIMA QUEM QUER. Por uma questão de princípio, não aprecio expulsões dos partidos políticos, mas não me choca que o PSD tenha expulsado António Capucho. Digo-o sem a mais leve ironia. Afinal, Capucho resolveu candidatar-se contra alguém indicado pelo seu próprio partido, pelo que vir agora armar-se em vítima soa, no mínimo, forçado. Discordou a tal ponto que o levou a avançar contra o candidato do seu próprio partido? Considera que o PSD se «encontra cada vez mais afastado da matriz social-democrata e progressivamente mais enquistado à volta de um conjunto de oligarquias»? Nesse caso, teria sido mais coerente (e sensato) desvincular-se do partido. Se não se percebe por que não o fez na altura própria, ainda se percebe menos a escandaleira que por aí vai.