4 de abril de 2014
RENTES DE CARVALHO. Soube, pela manhã, que Portugal, a Flor e a Foice estava disponível em eBook. Para quem, como eu, reside fora do país (ou é emigrante, como queiram), não imaginam o que isto significa. Depois de comprado, um livro em papel demora a chegar-me uma semana e tal (nos melhores casos), e como o livro em papel é mais caro que o eBook (e ainda tenho que pagar o transporte), acaba por custar-me mais do dobro. Aqui está, portanto, um caso em que o eBook faz toda a diferença, mas não vou insistir no que há anos tenho vindo a dizer. Quanto ao autor, José Rentes de Carvalho, suspeito que já o disse, mas não me custa repetir: um senhor das letras portuguesas, que descobri tardiamente (as edições portuguesas eram praticamente inexistentes até há poucos anos), e hoje devoro quase ao ritmo dos pastéis de Tentúgal (na verdade, e para mal dos meus pecados, com larga vantagem para estes últimos). Para quem não sabe, Rentes de Carvalho vive na Holanda (parece-me que ultimamente entre a Holanda e Estevais, onde um dia, graças a Ernestina, talvez irei) — daí ser praticamente desconhecido em Portugal até há pouco. A primeira vez que o li foi numa publicação local, a Eito Fora, que apesar disso chegou a ter projecção nacional nos meios, digamos, culturais, e que viria a dar origem à Periférica, de maior fôlego mas com menos tempo de vida. Fiquei fã desde então, já li meia dúzia de livros, e os que faltam não perdem pela demora.