4 de abril de 2014
SAI UM BORDALO PINHEIRO PARA O PAULO RANGEL. Paulo Rangel, cabeça de lista da coligação governamental às eleições europeias, desafiou António José Seguro e Francisco Assis a dizer se consideram melhor para Portugal que o líder da Comissão Europeia seja alemão, ou português. Isto porque o PS apoia a candidatura de um alemão à presidência da Comissão Europeia, e porque destacados militantes do PS disseram umas coisas sobre Durão Barroso de que Rangel não gostou (Silva Pereira afirmou que o dito foi um mau presidente, José Sócrates considerou-o medíocre). Desconheço, à hora a escrevo, se Rangel teve resposta, e o que Seguro e Assis pensarão sobre o assunto. Mas a pergunta a fazer, agora que se aproximam as europeias e o final do mandado de Barroso, deveria, para mim, ser a seguinte: o que ganhou Portugal com Durão Barroso na Presidência da Comissão Europeia? Que eu saiba, rigorosamente nada. Como a pergunta de Rangel pressupõe que Portugal terá vantagens em ter um presidente português, convinha que explicasse quais, se possível com exemplos concretos. Assim ficaríamos a saber se Rangel fala a sério, se realmente pensa o que disse, o que eu duvido. O episódio tresanda a patriotismo saloio e a demagogia barata — obviamente destinados a confundir quem tenciona votar nas próximas europeias. Como não posso votar, infelizmente Rangel não terá, da minha parte, o que está a pedir. Que seria, evidentemente, o que estão a pensar.