14 de fevereiro de 2015
ANA GOMES E OS TIROS DE PÓLVORA SECA. Em tempos, a deputada Isabel Moreira acusou de comportamento pidesco alguém que a confrontou, numa comissão parlamentar que apreciou uma petição contra o acordo ortográfico, com uma mão cheia de incongruências (a deputada defendia o novo acordo ortográfico mas escrevia como se ele não existisse). Foi aí que tomei conhecimento da sua existência, e como então escrevi, não gostei do que vi. Mas como sempre fiz noutras ocasiões, nada me impede de sair em defesa de quem quer que seja se considerar que tem razão. É o caso na polémica com Ana Gomes. Quem já não se apercebeu que a eurodeputada passa a vida a dar tiros de pólvora seca, que invariavelmente acabam em nada? Quem já não reparou que a senhora passa a vida a pôr-se em bicos de pés, a acusar meio mundo sem que daí resulte uma só consequência? Houve corrupção no negócio que envolveu a compra de dois submarinos? É público que houve (na Alemanha houve até quem fosse condenado). Paulo Portas, então ministro da Defesa, foi corrompido? Se foi, venham evidências a sério. Não asserções absurdas, extrapolações abusivas, histórias da carochinha. Se Ana Gomes quer ser levada a sério, comece por ser séria.