Esmaltes e Jóias
Um blogue onde escrevo sobre o que me apetece, quando me apetece.
17 de junho de 2015
ATRIBUIR AOS OUTROS O QUE NÓS PRÓPRIOS FAZEMOS.
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(...) as questões da justiça e da sua relação com a comunicação social são manipuladas ao sabor das nossas conveniências e das nossas convicções. A coisa funciona da seguinte forma: se eu acredito (ou quero acreditar) que alguém é culpado – por exemplo, Ricardo Salgado ou Paulo Portas –, eu centro a minha atenção nos indícios de culpa dessas pessoas e desvalorizo todas as questões em torno da presunção de inocência ou das fugas ao segredo de justiça; se, pelo contrário, eu acredito (ou quero acreditar) que alguém é inocente – por exemplo, José Sócrates –, aí as questões da presunção de inocência ou das fugas ao segredo de justiça passam a ocupar o primeiro plano da minha argumentação. Se eu não gosto do acusado, discuto o caso. Se eu gosto do acusado, discuto a justiça.
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