20 de maio de 2021
TRISTES FIGURAS. A número três do actual Partido Republicano, Elise Stefanik, eleita depois de afastada a antecessora (recusou calar-se diante as mentiras de Trump), falou aos jornalistas pela primeira vez nessa condição referindo-se ao ex-presidente como Presidente Trump e ao actual Presidente apenas pelo nome (Joe Biden). Isto dito e repetido para que não restassem dúvidas, e a surpresa foi que ninguém a tenha confrontado com isso. A congressista Marjorie Taylor Greene, grande entusiasta das teorias da conspiração e defensora da execução de adversários políticos, entre eles o ex-presidente Obama, comporta-se de modo inadmissível diante os adversários políticos, no caso Alexandria Ocasio-Cortez, e a direcção do partido a que pertence fez de conta que desconhecia o episódio grotesco um dia depois de toda a gente o ter visto nas televisões — talvez por não saber o que dizer, e por ter escassa autoridade moral para o fazer. São duas emergentes do novo partido Republicano, onde outrora figuras estimáveis se prestam hoje a papéis lamentáveis. Assim vai o partido de Trump, dantes conhecido como Partido Republicano.