22 de agosto de 2023
COMIDAS. Quando havia rusgas diárias da ASAE a confiscar galheteiros com azeite sem rótulo de origem e maçãs que não obedeciam aos desmandos da União Europeia temi que a gastronomia dos nossos avós tivesse os dias contados. Felizmente, enganei-me. As feiras gastronómicas que hoje se fazem por todo o lado demonstram não só que não morreu como ressuscitaram outras comidas quase extintas. Mas nada contra a feijoca embrulhada em repolho ou a posta de congro com ovos de formiga. Cada um come o que gosta e o que pode. Como sou mais feijoadas e arrozes, cabritos e bacalhaus, regozijo-me com o renovado interesse na nossa comida. Com certeza que algumas receitas não farão bem a ninguém. Mas isso não deverá ser motivo para o poder meter o nariz no prato de cada um. Se o Estado se preocupa com a saúde dos portugueses, alerte-os para as maleitas que possa haver e deixe que cada um decida por si.