2 de novembro de 2011
UNANIMIDADE BURRA. Como alguém já notou, Duarte Lima não tem direito à presunção de inocência que tanto se reclama para outros. Como se tem visto diariamente, o julgamento mediático está feito e avalizado por especialistas, com aspas e sem aspas, e só me refiro às sentenças ditadas na imprensa dita de referência. Não, Duarte Lima não me inspira simpatia. Nem agora, depois de ser acusado de um crime hediondo, nem dantes, quanto tinha o poder que se sabe. Mas dá-me volta ao estômago deparar a toda a hora com a regra dos dois pesos, duas medidas. O que se estaria agora a dizer de Duarte Lima se ele ainda tivesse o poder que tinha dantes? O que estaria o bastonário dos Advogados, que desde o primeiro minuto em que foi conhecida a acusação da justiça brasileira se apressou em condená-lo, a dizer caso o ex-líder parlamentar social-democrata não tivesse caído em desgraça? Será só um caso, como dizia Nelson Rodrigues, de unanimidade burra?