28 de novembro de 2012
OUTRA VEZ O RELATIVISMO. Dizem os factos que nunca houve tantos ataques americanos a terroristas da Al-Qaeda (ou aparentados), especialmente por aviões não tripulados (mais conhecidos por «drones»), como durante o primeiro mandato de Obama. Curiosamente, raramente os media ocidentais deram conta do sucedido, e a avaliar pelo silêncio generalizado não houve danos colaterais (leia-se vítimas inocentes) ou erros grosseiros, muito menos se questionou a legitimidade de tais actos. A situação não pode deixar de passar despercebida quando comparada a idênticas operações ocorridas no tempo de George W. Bush, que os media então reportaram até à exaustão, sempre com imagens de inocentes (com aspas e sem aspas) mortos e estropiados, nomeadamente crianças, e agora com os ataques a Gaza, de que diariamente nos chegam notícias e imagens cuja credibilidade nem sempre se consegue apurar. É outra vez o relativismo, que tudo legitima quanto é feito pelos nossos, e tudo condena quando é feito pelos outros. Como se pode ver por mais este exemplo (mas podia dar muitos mais), as vítimas choraram-se quando dão jeito, e ignoram-se quando não dão.