22 de fevereiro de 2013
SEM FACTURINHA. Leio que os consumidores são obrigados, desde Janeiro, a pedir facturinha da bica sob pena de serem multados entre 75 e 2000 euros caso não o façam, e estremeço de emoção com o zelo com que o Estado vela por nós. Entretanto, passam-se coisas inacreditáveis. Por que será que os consulados portugueses, pelo menos alguns consulados portugueses nos EUA, só passam facturas pelos serviços prestados caso os utentes as reclamem, e, se as reclamam, as passam a contragosto? Por que será que os mesmos consulados só aceitam como pagamento dinheiro vivo (repito: dinheiro vivo), mesmo que se trate de valores que atingem as centenas de dólares? Alguém faz o favor de me explicar por que não se pode pagar utilizando os métodos correntes (cartões de crédito ou de débito, cheques, etc.)? E, já agora, para onde vai o dinheiro? Entrará ele, como se espera, na contabilidade, digamos, oficial? Se a ideia é criar uma espécie de saco azul destinado a ensinar boas maneiras à gente que lá trabalha, de modo a ter mais respeito pelos utentes, nada a opor. Mas, nesse caso, avisem, que eu também contribuo.