30 de abril de 2016

A UBER AGRADECE. Ainda que de forma involuntária, os taxistas fazem os possíveis e os impossíveis para promover a Uber. Porque se a Uber é má para eles (e até ver não há dúvida que é), só pode ser boa para os utilizadores. Se a plataforma opera dentro da legalidade ou infringe as regras, não faço ideia. Por aquilo que se vai sabendo, os tribunais têm dúvidas, as leis existentes não ajudam, os governos hesitam em tomar medidas. Uma coisa, porém, parece certa: a Uber veio para ficar. Quem dantes utilizava os táxis e experimentou a Uber não tem dúvidas em escolher a segunda. Por quase tudo. Pelas viaturas. Pela qualidade do serviço prestado. Porque não tem que aturar os estados de alma dos taxistas, mais a lendária má-criação e as não menos lendárias aldrabices. Aliás, neste aspecto a Uber já mudou alguma coisa. Baixaram drasticamente as queixas sobre os serviços prestados pelos táxis desde que a Uber começou a operar, e há sinais de que o comportamento dos taxistas tem vindo a melhorar. São boas notícias, sobretudo para os taxistas, que a competição com a Uber passa, também, por aqui. A murro e a pontapé, às vezes nas barbas da polícia (sem que esta por vezes faça o que deve), não resolverão coisa nenhuma. Pelo contrário. Perderão as poucas razões que ainda terão.